Plus500 (Forex/CFD) — Golpe ou não? Análise completa: Licenças, Termos, Opiniões de Traders (2025)
A Plus500 é uma das corretoras mais conhecidas para negociação online de CFDs em moedas, ações, criptomoedas e outros ativos. A empresa foi fundada em 2008 por graduados do Technion, em Israel, e hoje suas ações são negociadas na London Stock Exchange (listagem LSE) e fazem parte do índice FTSE 250. Isso sinaliza transparência e supervisão por reguladores financeiros de primeira linha. Por que se fala tanto da Plus500? Plataforma simples, centenas de milhares de traders no mundo e a pergunta natural — “Plus500: golpe ou legítima?”. Nesta análise, como trader com 11 anos de experiência, examino cada aspecto com franqueza: da regulação e condições de negociação ao feedback real de clientes. Você verá onde a Plus500 é forte, onde é fraca, para quem ela serve e quando faz sentido considerar uma alternativa.
Conteúdo
- Quem é a corretora Plus500?
- Prós e contras da Plus500
- Visão geral da empresa Plus500
- Regulação e confiabilidade
- Tipos de conta e condições de negociação
- Taxas e spreads
- Depósitos e saques
- Plataforma de negociação da Plus500
- Instrumentos negociáveis
- Recursos especiais da Plus500
- Primeiros passos (cadastro e verificação)
- Atendimento ao cliente
- Educação e análises para traders
- Opiniões de usuários e reputação
- Comparando a Plus500 com Pepperstone, FXPro e Exness
- Para quem é a Plus500? Quem vai gostar — e quem não
- Perguntas frequentes sobre a Plus500
- Conclusão
Quem é a corretora Plus500?
A Plus500 é uma corretora de CFDs e empresa fintech global que oferece acesso a múltiplos mercados financeiros por meio de sua própria plataforma de negociação. Fundada em 2008 em Israel por um grupo de graduados do Technion, tornou-se uma das líderes do setor. A sede hoje fica em Londres, com escritórios e entidades na Europa, Ásia, Austrália e outras regiões. A corretora atende clientes em dezenas de países (o site suporta mais de 30 idiomas) e afirma ter mais de 30 milhões de traders registrados. É uma escala notável.
Status e reputação: a Plus500 é uma companhia aberta cujas ações são negociadas sob o ticker PLUS no mercado principal da LSE. Isso impõe exigências rígidas de transparência e de relatórios financeiros. Os investidores podem consultar os relatórios anuais; por exemplo, a receita de 2024 da Plus500 foi de US$ 768 milhões, com lucro líquido de US$ 273 milhões. Ausência de dívida líquida e lucratividade consistente indicam resiliência financeira. A empresa também é regulada por várias autoridades respeitadas (detalhes abaixo), adicionando outra camada de proteção ao cliente.
Por que os traders consideram a Plus500? O principal motivo é a simplicidade e a facilidade de uso. A plataforma da Plus500 é conhecida por sua interface intuitiva: abrir uma ordem ou definir um stop‑loss é direto, ao contrário de terminais mais carregados como o MetaTrader. Iniciantes gostam de poder começar com um depósito pequeno (US$ 100) e praticar em uma conta demo gratuita. Há também uma ampla variedade de produtos: é possível negociar de pares de moedas a ações da Tesla e petróleo em uma única conta. A corretora anuncia ativamente e patrocina clubes esportivos conhecidos (o logotipo da Plus500 já estampou a camisa do Atlético de Madrid; hoje há uma parceria com o Chicago Bulls, entre outros). A visibilidade da marca alimenta a curiosidade.
Claro, há ceticismo. Online você encontrará “A Plus500 é golpe?” — especialmente de novatos que veem uma plataforma simples e promessas de marketing. Pela minha experiência: a Plus500 não é uma “bucket shop” nem fraude; é uma corretora licenciada. Mas não espere milagres — falta de conhecimento de mercado e busca por ganhos rápidos podem levar a perdas, como sugerem as estatísticas acima. Vejo com frequência os mesmos erros de iniciantes. A corretora fornece ferramentas; o resultado depende de quão bem você as usa.
Vamos a uma análise detalhada dos pontos fortes e fracos da plataforma para que você decida se ela merece seus recursos.
Prós e contras da Plus500
Como qualquer corretora, a Plus500 tem pontos fortes e limitações. Ao longo de anos operando, identifiquei vantagens importantes, mas também restrições que podem ser críticas para certos perfis. Eis um resumo direto.
Principais vantagens da Plus500:
- Plataforma simples e amigável. A interface do WebTrader é intuitiva e localizada em muitos idiomas. Até iniciantes se adaptam rápido. Sem terminais complexos — opere direto no navegador ou app móvel.
- Sem comissões por ordem. A corretora não cobra para abrir/fechar posições — a receita vem do spread. Também não há taxas de depósito/saque do lado da corretora (a Plus500 absorve custos de processadores). Você economiza, especialmente se opera com frequência.
- Ampla seleção de instrumentos. A Plus500 oferece mais de 2.800 mercados: forex, ações, índices, commodities, criptomoedas, ETFs e até opções em CFD. Dá para diversificar sem trocar de plataforma.
- Regulação confiável e proteção de fundos. A corretora é licenciada por reguladores de ponta (Reino Unido, UE, Austrália etc.), mantém o dinheiro do cliente em contas segregadas e oferece proteção contra saldo negativo. O status de companhia aberta aumenta a confiança.
- Baixa barreira de entrada e conta demo. O depósito mínimo é de apenas US$ 100, permitindo começar sem grande capital. A conta demo gratuita e ilimitada permite praticar e refinar estratégias pelo tempo que for preciso.
- Saques rápidos e confiáveis. Depoimentos indicam que os saques são processados em 1–3 dias, chegando a cartões ou e‑wallets sem “taxas escondidas”. Testei um saque — os fundos chegaram no prazo e na íntegra.
Principais desvantagens da Plus500:
- Sem MetaTrader nem consultores automatizados. A corretora usa somente sua plataforma proprietária. MT4/MT5 e outros terminais de terceiros não são suportados. Não é possível conectar robôs/algoritmos externos — negociação manual apenas.
- Restrições a scalping e negociação algorítmica. A Plus500 desencoraja operações ultracurtas: pelos termos, ordens mantidas por menos de ~2 minutos podem ser consideradas violação. HFT e arbitragem de latência são proibidos. Para scalpers ativos, é um ponto contra.
- Taxa de inatividade. Se você não entrar por mais de 3 meses, a corretora cobra US$ 10 mensais. Não se aplica enquanto você usa a conta, mas é fácil esquecer.
- Educação e pesquisa limitadas. A Plus500 oferece artigos de ajuda e alguns vídeos. Há pouca pesquisa aprofundada (comentários diários, ideias). Traders avançados podem sentir falta de análise de mercado mais rica.
- Sem recursos sociais ou serviços de investimento. Não há copy‑trading, PAMM ou rede social de traders. Você não pode copiar estratégias como no eToro — é tudo por conta própria. Tampouco compra ações reais para longo prazo (exceto via Plus500 Invest, que não está disponível em todos os lugares).
- Personalização limitada do terminal. Não é possível adicionar indicadores customizados ou ajustar a interface com a flexibilidade de terminais profissionais. As ferramentas básicas existem, mas “técnica avançada” com recursos sob medida pode faltar.
No geral, a Plus500 atende a uma negociação direta, moderadamente ativa, sem extras complexos. Para iniciantes, os prós superam os contras — facilidade de uso e ausência de comissões contam muito. Usuários avançados podem se sentir limitados para trabalho algorítmico ou pesquisa profunda. A seguir, destrinchamos cada área para oferecer o panorama completo.
Visão geral da empresa Plus500
Contexto da corretora. A Plus500 foi lançada em 2008 como uma startup fintech em Haifa (Israel). Os fundadores queriam tornar a negociação mais acessível e lançaram a primeira versão desktop da Plus500. A ideia de “trading simples” ganhou tração e a companhia se expandiu globalmente.
Histórico e crescimento. Nos anos 2010, a Plus500 acelerou a aquisição de clientes com anúncios online e programa de afiliados. Surgiram subsidiárias em várias regiões: Plus500UK Ltd (Londres), Plus500AU Pty (Sydney), Plus500CY Ltd (Chipre) e mais. Em 2013, a empresa listou pela primeira vez — ações começaram a negociar no AIM da LSE, com avaliação próxima de US$ 200 milhões. Em 2018, migrou ao mercado principal da LSE e entrou no índice FTSE 250. Foi um marco: a corretora passou a figurar ao lado de nomes financeiros estabelecidos, superando US$ 1 bi em valor de mercado.
Alcance geográfico. Hoje, os serviços da Plus500 estão disponíveis na Europa, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Ásia, Oriente Médio, África e outras regiões. A empresa atende via entidades licenciadas localmente. Por exemplo, europeus pela Plus500CY, britânicos pela Plus500UK, australianos pela Plus500AU etc. A presença é ampla — mais de 50 países e clientes no mundo todo. Como negociação de CFDs para varejo é proibida nos EUA, a Plus500 entrou no mercado americano em 2021 de outra forma: adquirindo uma corretora de futuros e lançando a Plus500 Futures (para profissionais). Assim, há presença nos EUA, porém em segmento diferente.
Restrições regionais: devido a sanções e regras locais, a Plus500 não atende residentes da Rússia e de alguns países. Após 2022, a empresa suspendeu o serviço para residentes russos, como fizeram vários brokers ocidentais. Isso importa — cadastro oficial a partir da Rússia não é possível (alternativas como VPN e contas estrangeiras fogem deste artigo). Para outros traders da CEI (Ucrânia, Cazaquistão etc.), a Plus500 é acessível pela subsidiária europeia.
Companhia aberta e força financeira. Por ser listada, a Plus500 divulga resultados. Os relatórios mostram colchões de capital sólidos e ausência de endividamento problemático. Em 2020 (pandemia), registrou lucro recorde com o aumento da atividade. A corretora paga dividendos regularmente. Para clientes, é sinal positivo: empresa saudável é menos propensa a má gestão de fundos. Reguladores também exigem segregação de recursos e níveis mínimos de capital — a Plus500 cumpre.
Patrocínios e visibilidade da marca. A Plus500 investe em patrocínios de equipes esportivas. De 2015 a 2021, foi patrocinadora principal do Atlético de Madrid. Depois, migrou para outros mercados: hoje apoia o Chicago Bulls (NBA), Atalanta BC (Itália), Legia Varsóvia (Polônia) e BSC Young Boys (Suíça). Na Austrália, já patrocinou o Brumbies (rúgbi). Tais parcerias exigem orçamento e “due diligence” por ligas — outro sinal de credibilidade. Corretoras duvidosas raramente passam nesse crivo.
Em resumo: a Plus500 é um player maduro e confiável no trading online. Com mais de 15 anos de mercado, milhões de clientes, capital aberto e regulação multijurisdicional, parece sólida. A trajetória não foi livre de tropeços — veremos abaixo — mas, no geral, a confiabilidade é bem avaliada. Agora, um olhar mais atento à regulação.
Regulação e confiabilidade
Confiabilidade da corretora é questão central. Aqui, a Plus500 apresenta um conjunto robusto de licenças e medidas de proteção ao cliente.
Reguladores e licenças. A marca Plus500 opera por várias entidades legais, cada uma regulada em sua jurisdição:
- Reino Unido: Plus500UK Ltd — licença FCA (Financial Conduct Authority, nº 509909). A FCA é um dos reguladores mais rigorosos do mundo. Clientes do Reino Unido (e alguns da UE antes do Brexit) eram cobertos por esta licença.
- Chipre (UE): Plus500CY Ltd — licença CySEC (Cyprus Securities and Exchange Commission, nº 250/14). Permite passaporte europeu. Pós‑Brexit, a entidade de Chipre cobre a Europa continental.
- Austrália: Plus500AU Pty Ltd — licença ASIC (Australian Securities and Investments Commission, AFSL nº 417727). Cobre a Austrália e, sob arranjos, a Nova Zelândia (com a FMA local).
- Singapura: licença da MAS (Monetary Authority of Singapore) para a Plus500SG Pte. Singapura é um polo asiático relevante e a licença local reflete padrões elevados.
- Seychelles: Plus500SEY Ltd — licença FSA Seychelles (SD039). Usada para clientes de países não cobertos acima (segmento “offshore”). Embora a FSA seja menos rigorosa que FCA/ASIC, permite alavancagem maior (até 1:300) em mercados mais arriscados.
- África do Sul: licença FSCA (Financial Sector Conduct Authority, nº 47546) para operar no país.
- Emirados Árabes Unidos: em 2022 a Plus500 obteve autorização do regulador do Abu Dhabi Global Market (ADGM) e abriu uma filial nos EAU, ampliando a presença no Oriente Médio.
- Estônia: licença EFSA (nº 4.1-1/18) na Estônia — provavelmente para atender Bálticos ou parte do Leste Europeu.
- EUA: via Plus500US (Cunningham LLC), a corretora é registrada como Futures Commission Merchant, membro da NFA e supervisionada pela CFTC (reguladores de futuros nos EUA). Trata‑se de futuros, não CFDs.
Em suma, a Plus500 é regulada em cinco continentes, incluindo jurisdições de primeira linha (Reino Unido, Austrália, Singapura, UE). Para o trader, isso significa supervisão e canais de recurso. Ex.: clientes do Reino Unido podem recorrer ao Ombudsman e ao FSCS; da UE ao ICF (Chipre); australianos ao AFCA etc.
Proteção de fundos do cliente. Valem salvaguardas padrão: contas segregadas (dinheiro do cliente separado dos fundos da empresa em bancos de primeira linha) e proteção contra saldo negativo para varejo (você não fica “devendo” — posições são encerradas antes). Na UE e no Reino Unido isso é obrigatório e a Plus500 provê. Em caso de falência da empresa, clientes sob jurisdição do Reino Unido podem ter cobertura de até £85.000 pelo FSCS; sob Chipre, até €20.000 pelo ICF. Embora a falência de uma grande corretora seja improvável, essa “rede de segurança” é tranquilizadora.
Reputação e incidentes. Em sua longa história, a Plus500 não foi ligada a fraude direta. Houve alguns percalços regulatórios:
- Em 2015, a FCA do Reino Unido congelou inesperadamente milhares de contas da Plus500UK e exigiu reverificação. A empresa muitas vezes fazia KYC no saque, não na abertura, o que colidia com procedimentos de AML. A negociação foi temporariamente pausada para muitos clientes e a ação caiu. Isso gerou frustração — sem saques por semanas. Para esclarecer, os fundos não sumiram; foi questão de compliance. A corretora corrigiu processos, revalidou contas e no início de 2016 normalizou as operações no Reino Unido. Desde então, a Plus500 reforçou KYC desde o início.
- Em 2018, houve uma ação coletiva em Israel de um cliente alegando execução injusta durante o referendo do Brexit. Ele disse que sua conta foi congelada na alta volatilidade, impedindo saída lucrativa. O tribunal de Tel Aviv aceitou o caso. Processos assim podem levar anos. Importante: foi um evento de mercado excepcional — muitas corretoras limitaram a negociação. Não se estabeleceu “golpe” sistêmico; foi mais uma disputa operacional.
Fora isso, não houve grandes escândalos. Reguladores (FCA, CySEC etc.) não acusaram a Plus500 de manipular preços ou reter fundos. Multas menores por atrasos de reporte ou questões internas ocorrem no setor, mas nada extraordinário aqui. Em CFDs, o perfil de confiança da Plus500 é alto — classificações de confiabilidade costumam ser positivas.
Dá para confiar na Plus500? As evidências sugerem que sim. É uma das provedoras de CFD mais reguladas — legal e responsável. Resistiu ao tempo, a crises de mercado e ao escrutínio regulatório. Há proteções ao dinheiro do cliente. Como sempre, use bom senso: evite concentrar capital demais em um lugar (diversifique entre bancos/corretoras) e leia o contrato do cliente. Em comparação a operações obscuras offshore, a Plus500 parece porto mais seguro. Concorrentes e avaliações independentes geralmente concordam que está entre as líderes em confiança. É uma escolha sensata se segurança e supervisão importam para você.
Tipos de conta e condições de negociação
Veja o que a Plus500 oferece em contas e termos.
Tipos de conta. É simples: essencialmente uma conta Padrão real para varejo e uma categoria separada para profissionais. Não há vários “planos” — clientes de varejo compartilham os mesmos spreads, instrumentos e recursos. Você pode solicitar status Profissional (se atender critérios como tamanho de portfólio e experiência); isso eleva certos limites (ex.: alavancagem maior), mas reduz proteções de varejo. Não existem contas VIP oficiais com gerente pessoal/cashback — clientes muito ativos podem receber benefícios pontuais, mas não há oferta pública nesse sentido.
Conta demo. A Plus500 oferece demo gratuita para aprendizado e familiarização. Ela abre automaticamente no cadastro — alterne para o modo Demo após criar a conta para obter um saldo virtual (costuma ser US$ 40.000, com possibilidade de recarga). Não há limite de tempo: pratique por meses enquanto estuda. As cotações são em tempo real e a funcionalidade espelha a conta real. Recomendo sempre começar pela demo, sentir a plataforma e testar estratégias antes de arriscar dinheiro.
Moeda-base da conta. É possível abrir contas em diferentes moedas. Opções comuns: USD, EUR, GBP, AUD, JPY, CHF e outras. No total, cerca de 10–15 moedas são suportadas (a lista varia por região; na UE, euros, libras, zloty etc.). RUB não é oferecida, então a maioria dos traders da CEI escolhe USD ou EUR. Se seu cartão/carteira usar outra moeda, depósitos/saques serão convertidos (pelo seu banco ou serviço). Na plataforma, a conversão de P/L costuma ficar em torno de 0,7% quando a moeda do instrumento difere da moeda-base da conta. Escolha a moeda-base com cuidado para reduzir atritos.
Depósito mínimo. Você pode começar com US$ 100 (ou equivalente). É uma barreira baixa — muitos grandes brokers pedem US$ 500+. Na Plus500, US$ 100 bastam para abrir conta e iniciar operações (naturalmente, com tamanhos pequenos). Alguns métodos permitem mínimo ainda menor — ex.: US$ 50 via e‑wallets específicos. Por conforto, sugiro US$ 200–300; do contrário, você ficará restrito a microposições.
Alavancagem. A alavancagem segue os limites impostos por reguladores. Para clientes de varejo na UE/Reino Unido (regras ESMA), o máximo é 1:30 para FX principais, 1:20 para petróleo, ouro e índices principais, 1:10 para outras commodities e menores, 1:5 para ações/ETFs, e 1:2 para cripto. Esses tetos buscam proteger iniciantes de riscos excessivos. Por exemplo, 1:30 significa que com US$ 100 você controla posição de US$ 3.000 — o multiplicador amplia ganhos e perdas.
Clientes Profissionais ou sob entidades offshore (Seychelles) podem ter alavancagem maior: até 1:300 em FX, 1:100 em índices, 1:20 em ações e 1:20 ou mais em alguns índices cripto. Alavancagem é faca de dois gumes — poderosa para quem domina, mas amplia erros. Para a maioria, os limites padrão de varejo são sensatos.
Exemplo de alavancagem: com limite de 1:30, abrir 0,01 lote de EUR/USD (~€1.000 nominais) exige cerca de €33 de margem. Sem alavancagem, seriam €1.000. Requisitos de margem na Plus500 são modestos — é possível negociar com algumas centenas de dólares abrindo microposições.
Chamada de margem e stop‑out. A Plus500 monitora patrimônio vs. margem exigida. Se as perdas se aproximam de nível crítico, a plataforma solicitará fundos (margin call) ou redução de posições. O limiar de fechamento forçado (Stop Out) é 50% da margem exigida nas operações em aberto (conforme regras da UE). Quando o patrimônio livre cai à metade da margem, a corretora começa a encerrar posições perdedoras para evitar saldo negativo. Na prática, a Plus500 exibe a porcentagem de margem e alerta se ela cai a níveis perigosos (ex.: 100% — já preocupante; 50% — risco de liquidação). Alertas podem chegar por e‑mail/SMS. Iniciantes muitas vezes ignoram e não reforçam a margem, perdendo posições no stop‑out. Monitore sua margem sempre!
Conclusão sobre contas: começar na Plus500 é fácil — cadastro e aporte mínimos, poucos tipos de conta, termos uniformes. A demo é grande vantagem para onboarding sem risco. A alavancagem é “moderada‑padrão”: suficiente para escalar, sem exageros (pelo menos na UE). A Plus500 privilegia simplicidade e consistência — sem tarifas confusas, termos claros. Para a maioria dos varejistas isso basta. Se você precisa de condições especializadas (ex.: ECN com spreads crus + comissão por lote e liquidez interbancária direta), a Plus500 não segue esse modelo; é uma market‑maker. Ainda assim, a conta padrão atende à maioria.
Taxas e spreads
Quanto custa negociar pela Plus500? A corretora se posiciona como “sem comissão”, o que é basicamente correto: não há taxa por ordem — os custos estão no spread (diferença bid‑ask).
Spreads. A Plus500 cota spreads flutuantes que se ajustam às condições de mercado. Em períodos calmos, estreitam; em volatilidade, alargam. A corretora publica spreads típicos para instrumentos-chave. Exemplos de médias na plataforma:
- EUR/USD: cerca de 1,2 pip (0,00012) — competitivo para o varejo.
- GBP/USD: por volta de 1,8 pip.
- EUR/GBP: aproximadamente 1,5 pip.
- AUD/USD: ~1,1 pip.
- USD/JPY: ~2,0 pips.
Em pares FX principais, os spreads costumam ficar entre 1–2 pips — razoáveis (muitos market‑makers são semelhantes). Já vi EUR/USD a 0,6 pip em momentos tranquilos.
Outras classes de ativos têm spreads nas unidades do próprio preço do instrumento:
- Ações: alguns centavos ou fração de porcentagem. Para CFDs de Apple, algo como US$ 0,3 (em ~US$ 150, ~0,2%). Nomes menos líquidos podem chegar a 0,5–1%.
- Índices: no S&P 500 (USA 500) o spread típico é ~0,6 ponto; Nasdaq 100 ~1,5; FTSE 100 ~1. Bem apertados. DAX (Germany 40) ~2 pontos.
- Commodities: Ouro (XAU/USD) ~ US$ 0,5 (~0,02%). Petróleo (Brent, Crude) ~ US$ 0,04–0,05. Prata ~ 3 cents.
- Criptomoedas: relativamente mais largos. Em Bitcoin CFD, ~0,75% do preço; em Ethereum ~1–2%. É mais alto que em exchanges spot, mas normal para CFDs alavancados. Não há comissão extra além do spread.
No geral, os spreads da Plus500 são moderados. Não são mínimos absolutos (não espere 0,1 pip interbancário), mas longe de punitivos. Para day trade com tamanhos menores, são aceitáveis. Em comparação a eToro ou Capital.com, os níveis são similares. Em ações, os spreads podem ser um pouco mais largos que corretores com acesso direto a bolsa, mas a Plus500 não cobra taxa por ordem. O spread aparece nas informações do instrumento (clique em “i” na plataforma), então é fácil precificar antes de operar.
Comissão por trade: US$ 0. Como dito, a Plus500 não cobra comissão por ordem. Se você compra US$ 1.000 em CFDs de Apple, paga apenas o spread (talvez US$ 2–3 entre bid/ask). Alguns brokers cobram, por exemplo, 0,1% do notional — na Plus500 isso é US$ 0.
Financiamento overnight (swaps). Manter posições de um dia para o outro gera financiamento (pode ser negativo ou, raramente, positivo conforme juros). Hoje, geralmente é custo para o trader. Em FX, os swaps refletem diferenciais de juros. Em cripto, costumam ser altos — muitas vezes 0,1–0,3% ao dia. A corretora não lista todos publicamente; eles aparecem por instrumento na plataforma (percentual diário para comprado e vendido). CFDs não são ideais para longo prazo — swaps podem corroer ganhos se você segurar semanas ou meses. Ex.: um long em BTC pode exibir −0,20%/dia — ~6% ao mês, ~70% ao ano. Cripto‑CFDs servem a especulação de curto prazo; não a “HODL”.
Taxa de inatividade. Talvez a tarifa mais discutida na Plus500. Se você não entrar por 3 meses, aplica‑se US$ 10 por mês até você voltar a entrar ou o saldo zerar. A corretora justifica como manutenção de contas “dormentes”. É fácil evitar — basta acessar periodicamente. Se for ficar parado, encerre posições e saque — a conta fica zerada e não há cobrança. Ou defina um lembrete mensal para logar.
Taxas de depósito/saque: nenhuma do lado da corretora. Você pode depositar US$ 1.000 e sacar US$ 1.000 — a Plus500 paga o valor cheio (sujeito ao resultado das operações). Seu banco/provedor pode cobrar. Ex.: uma transferência internacional pode sofrer US$ 20–30 de bancos intermediários. A Plus500 sinaliza: “em casos raros, você pode incorrer cobranças do seu banco, não nossas”. Normalmente, 90% dos depósitos/saques são isentos.
Mínimos importantes. Para manter zero taxas, há limites. O saque mínimo costuma ser US$ 50 (e‑wallets) ou US$ 100 (cartões/bancos). Saques menores podem gerar ~US$ 10 de taxa. Se restarem US$ 20, pode não valer a pena sacar — ou reforce e opere, ou deixe. Se fizer mais de 5 saques no mês, os adicionais podem ter tarifa (poucos sacam tantas vezes). As políticas podem mudar, mas é isso em linhas gerais.
Stop Garantido (GSLO). Se você usar GSLO, a Plus500 cobra um prêmio implícito via spread mais amplo. O stop executa no preço definido mesmo em gaps. O spread extra aparece na boleta quando você marca “Stop Garantido”. Se o preço não tocar o stop, você ainda paga o spread maior — pense como um seguro. Muitos concorrentes nem oferecem GSLO; ter a opção é útil. Usar ou não depende da estratégia e do apetite a risco.
Resumo de custos: a Plus500 é transparente. Você paga via spreads e financiamento; não há comissão por ordem. Os spreads ficam na média do mercado. A taxa de inatividade é evitável com logins periódicos. Para a maioria, os custos totais são enxutos: sem taxas de depósito/saque nem de boleta — foque no spread. Isso favorece uma negociação ativa, porém de tamanhos menores; eliminar comissões fixas pode economizar bastante.
Se você busca spreads crus ultrabaixos e não se importa em pagar comissão por lote (scalpers, pros), um modelo ECN pode ser melhor. Essa configuração é mais complexa e costuma exigir aportes maiores. A Plus500 atende ao varejo sem complicação — preço final é claro e nada extra é anexado.
Depósitos e saques
A Plus500 suporta um conjunto amplo de métodos de pagamento, facilitando a movimentação global de fundos. Eis as opções e nuances.
Métodos de depósito:
- Cartões Visa/Mastercard. A via mais popular — crédito instantâneo. Débito e crédito são suportados. Normalmente exige 3D‑Secure (código SMS). Depósitos começam geralmente em US$ 100. A corretora não cobra taxa, embora alguns bancos tratem como quase‑espécie — verifique as condições do seu cartão. Na maioria dos casos, é instantâneo e sem tarifa.
- E‑wallets: PayPal, Skrill, Neteller. Além de carteiras locais em algumas regiões (ex.: BPay na Austrália; Qiwi/WebMoney já estiveram disponíveis para certos países, mas não para Rússia hoje). PayPal/Skrill são práticos — crédito imediato, sem taxa da corretora, mínimo muitas vezes US$ 100 (ou US$ 50 conforme a região). Muitos preferem PayPal pela agilidade para depositar e sacar na mesma conta.
- Transferência bancária (wire). A via tradicional. Pró: sem limite prático de valor, adequada a aportes maiores. Contra: mais lenta — 1–3 dias úteis (até 5 se internacional). Sem taxa da Plus500, mas bancos remetentes/intermediários podem cobrar (US$ 20–50 típicos no SWIFT). Mínimo por volta de US$ 100. Boa para valores altos ou quando limites de cartão apertam.
- Métodos locais. Na Europa: Sofort (Klarna), Trustly, GiroPay, iDEAL (Holanda), Przelewy24 (Polônia), MyBank e Multibanco (Portugal), etc. Em alguns países da América Latina, trilhas locais (ex.: Boleto) podem estar disponíveis. São integrados à plataforma — escolha seu banco e confirme em interface conhecida. Geralmente instantâneos e úteis para quem não quer usar cartão ou não tem PayPal.
- Pagamentos móveis. Em algumas regiões, Apple Pay/Google Pay aparecem (no fim, baseados em cartão). No passado, depósitos cripto podem ter sido aceitos offshore, mas atualmente a Plus500 em geral trabalha com fiat.
Moeda do depósito. O ideal é depositar na moeda-base da sua conta para evitar conversões. Se sua base é USD, deposite dólares. Outras moedas serão convertidas a taxas do banco/plataforma com até ~0,7% de spread de conversão.
Saques. Como corretora regulada, a Plus500 devolve os fundos pelo mesmo método utilizado no depósito (“Retorno à Fonte”) para cumprir as regras de AML. Planeje seus depósitos já pensando na rota de saque preferida.
- Para cartão: os fundos voltam ao seu Visa/Mastercard. Muitas vezes, o valor do depósito original é estornado primeiro e os lucros pagos separadamente. Você recebe o total, às vezes em duas etapas. Prazo típico de 3–7 dias.
- Para e‑wallet: PayPal/Skrill costumam ser os mais rápidos. Após o processamento interno, o dinheiro chega em 1–3 dias (frequentemente no mesmo dia). O mínimo para PayPal geralmente é US$ 50.
- Transferência bancária: para valores maiores ou quando o lucro excede limites de reembolso via cartão, o restante é enviado por wire para sua conta (o nome deve coincidir com o da conta de trading). Pode levar 5–7 dias para cair. Bancos recebedores podem cobrar US$ 10–30.
- Verificação: a Plus500 pode pedir validação do método. Para cartões, foto mascarada; para wallets, um print mostrando seu nome. É padrão de segurança.
Velocidade de processamento. A corretora informa 1–3 dias úteis para processar pedidos de saque. Na prática, muitas vezes é mais rápido — PayPal pode cair no dia seguinte. Se houver checagens extras, espere 2–3 dias. Importante: o primeiro saque exige KYC concluído; sem documentos aprovados, você terá de enviá‑los, atrasando a liberação.
Verificação KYC. Normalmente, a Plus500 solicita passaporte/ID e comprovante de endereço (conta de serviço ou extrato bancário). Detalharemos o fluxo na próxima seção, mas destaque: sem identidade verificada, não há saque. Conclua KYC cedo para evitar travas.
Limites e taxas nos saques. Como dito, mínimos de US$ 50/US$ 100. Não há taxa da corretora se você ficar nos limites (até 5 saques/mês e acima do mínimo). Saques muito pequenos ou frequentes podem gerar ~US$ 10. A maioria não atinge isso.
Experiência do usuário. Em geral, relatos indicam que a Plus500 paga corretamente. Não há reclamações generalizadas de “sumiram com meu dinheiro” (diferente de operações duvidosas). Atrasos ocorrem se o KYC não estiver concluído ou se mudar o método — a área de compliance pode pedir mais informações. Com documentos em ordem, os saques levam alguns dias. Ex.: um usuário no Trustpilot observou: “Ótima plataforma, direta… Sem anúncios ou pesquisas, é só se cadastrar e aprender. Não posso falar sobre depósitos ainda, mas até agora tudo certo” — sem problemas relatados. Nosso teste de saque de US$ 100 via PayPal levou 2 dias, sem taxas, e chegou integral.
Dica: planeje. Se precisar do dinheiro numa data específica, envie o pedido com pelo menos uma semana de antecedência. E faça login periodicamente para que a taxa de inatividade não pegue você enquanto espera.
Em resumo, a Plus500 facilita transações: múltiplas rotas de depósito, sem taxas da corretora e saques relativamente ágeis. Para a CEI, cartões ou Skrill/Neteller costumam ser ótimos (o PayPal não recebe em todos os países). Se quer velocidade, use e‑wallets; para valores grandes, aceite a lentidão do wire.


















Críticas e comentários